A Proteção da Saúde foi o tema do terceiro estudo realizado no âmbito do projeto Sinais Vitais, que o Marketing FutureCast Lab está a desenvolver em parceria com a CIP para recolher semanalmente informação precisa e atualizada sobre o que pensam os empresários e gestores das empresas portuguesas e analisar informação quantitativa fornecida pelas empresas sobre temas específicos.
No total, participaram no estudo da passada semana 1179 empresas, cerca de 47% das quais da área da indústria e energia e 11% do comércio, que foram os setores com maior número de respostas.
Como é regra destes estudos, antes mesmo de se passar ao tema escolhido para esta semana procurou analisar-se de que forma as empresas evoluíram face aos estudos anteriormente realizados pelo Marketing FutureCast Lab, concluindo-se que o número de empresas em pleno funcionamento subiu para os 53% do total de respondentes (face aos 48% da semana anterior). Este dado não resulta de uma redução do número de empresas parcialmente encerradas (que se manteve nos 37%), mas antes de uma significativa descida no número de empresas encerradas (de 15% para 10%).
No que diz respeito especificamente às medidas de proteção da saúde, a primeira questão abordada no estudo foi a do teletrabalho, observando-se que 58% das empresas inquiridas têm atividades que permitem esta opção. Destas, a quase totalidade optaram efetivamente pelo teletrabalho (98%), sendo que 83% o fizeram para a totalidade dos funcionários e apenas 17% para uma parte deles.
A higienização das mãos é outra medida quase consensual entre as participantes neste estudo. De facto, 99,6% das empresas têm locais adequados para a lavagem das mãos, enquanto 98% asseguram dispensadores de soluções antisséticas de base alcoólica com recarregador. Já quanto a procedimentos específicos de lavagem das mãos para visitantes externos, há ainda 5% dos participantes que não adotaram tal medida.
Relativamente a medidas de distanciamento físico para proteção da saúde, regista-se que 96,4% das empresas instituíram procedimentos de manutenção de distância mínima entre trabalhadores, enquanto 87% disponibilizam máscaras, exigem o seu uso ou criaram barreiras físicas no caso dos visitantes externos.
Na generalidade, as empresas portuguesas dão nota positiva às medidas tomadas pelo Governo e/ou pela Direção Geral de Saúde para proteção da saúde nas empresas, com 47% a considerá-las “razoavelmente adequadas”, 39% “adequadas” e 2% “muito adequadas”.