O Grande Auditório do ISCTE-IUL foi o palco da conferência International Trends for a New Economic World 2022, uma iniciativa conjunta da Agência para o Investimento e para o Comércio Externo de Portugal (aicep Portugal Global) e do Management & Marketing FutureCast Lab que teve como objetivo dar a conhecer às empresas portuguesas as principais tendências internacionais relacionadas com a internacionalização e prepará-las para um futuro que, apesar de rodeado de incertezas, pode trazer oportunidades importantes.
Na conferência International Trends for a New Economic World 2022, que decorreu na última semana no Grande Auditório do ISCTE, numa parceria entre a AICEP e o FutureCast Lab, Vicente Rodrigues, membro do Conselho Científico do laboratório, fez o enquadramento do projeto Novas Tendências de Abordagem aos Mercados Internacionais e lançou um interessante painel de debate moderado por Pedro Dionisio e dedicado ao tema Sustentabilidade e Inovação na Proposta de valor internacional. Este painel contou com a participação de Carla Graça, Chief Digital Officer & International Marketing Manager da Vista Alegre, Rui Miguel Nabeiro, CEO do Grupo Nabeiro-Delta Cafés, Vitor Coelho, Diretor de Public Affairs da The Navigator Company e Carlos Santos, Diretor Geral da Amorim Cork Italia – este em videoconferência desde Itália.
De entre os vários temas abordados destacam-se os conselhos que cada um dos intervenientes quis deixar às empresas que pretendem crescer e internacionalizar-se, nomeadamente:
Carlos Santos (Amorim Itália): “O primeiro conselho passa pela valorização do capital humano, porque são as pessoas que constroem o sucesso das empresas. O segundo é que apostem na diferenciação, pensando out of the box para se distinguirem da concorrência. Depois, que deixem de estar presas a uma filosofia Product Centric para se tornarem Customer Centric. Finalmente, que aprendam a comunicar melhor, com recurso, por exemplo, a storytelling para reforçar a sua brand awareness”.
Vítor Coelho (Navigator): “Dar atenção às questões com maior impacto na sociedade – a sustentabilidade, a circularidade e a descarbonização. Capitalizar os fundos disponibilizados às empresas para se adaptarem ao Novo Normal. A inovação é outra questão que nunca pode ser esquecida, devendo incluir a colaboração com outras empresas e com institutos e organizações científicas. Mas tudo isto só fará sentido se for bem comunicado, com recurso a marcas com as quais os consumidores se identifiquem”.
Carla Graça (Vista Alegre): “No momento atual, as empresas devem ser corajosas e ousadas, para que possam ser disruptivas. Devem estar abertas à colaboração, interna ou externa. Devem estar preparadas para diversificar equipas, produtos e processos, para dar resposta aos novos desafios. E, acima de tudo, devem contribuir para um mundo melhor”.
Rui Miguel Nabeiro (Grupo Nabeiro): “Além do que já foi dito, gostaria de salientar outra questão: a marca. Em Portugal temos um problema com as marcas. Temos de as gerir melhor em todos os setores – e também no B2B. A marca é um contrato entre a nossa empresa e o consumidor”.
Pode aceder à reportagem completa da conferência aqui.